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CONSIDERAÇÕES SOBRE "VERDADE"

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Jean-Marie Auzias em seu livro CHAVES DO ESTRUTURALISMO faz o seguinte questionamento (...) Quais são as estruturas da verdade?
Segundo ele, a verdade é um brinquedo e está num vaivém entre os que a dizem. Nesse vaivém – continua ele – a verdade que se oculta, empaca e volta atrás, como um vagão lançado numa linha e que parte de novo. E o brinquedo é pois o seguinte: quando digo a verdade minto, porque a verdade não foi posta a prova. É uma falsa verdade. Para o autor é preciso suspeitar de toda verdade que se oculta sob as aparências enganosas da evidência e do enunciado verdadeiro. Há coisas que se escondem com as evidências – insiste Jean-Marie. Para ele as gavetas secretas do conhecimento estão sempre vazias, mas a nossos olhos, as verdades oferecidas trazem sua mentira.
Quantas vezes querido leitor você já ouviu alguém dizer: eu não sou o que pensam. Será que essa pessoa não está dizendo isso somente para nos despistar?
Estamos em época de eleição. São tantas promessas. Tantos comprometimentos. Tanto disse-me- disse, que não poderia haver momento mais propicio para se falar sobre a verdade. Como chegar até ela. Como identificá-la. Vamos tentar seguir com a ajuda do autor.
Dentro do conceito por ele estipulado, a verdade verdadeira é reconhecida por certos indícios bizarros, singulares, quiçá extravagantes. O verdadeiro - do ponto de vista dele – apresenta resíduos que não se quer conhecer.
Quando falamos, não é conteúdo que vale: é a intenção.
Veja se ele pode estar certo. Quantas vezes você já foi ofendido por alguém e esse alguém logo após a ofensa virou para você sinicamente e disse: desculpe se te ofendi, eu não tive a intenção?!
Com que intenção isso foi dito para mim? Ou seria a intenção também uma mentira?
Talvez Jean-Marie esteja realmente certo. O verdadeiro apresenta resíduos que não se quer conhecer, principalmente na política.
Nos dias de hoje em que a maioria do povo brasileiro tira sua conclusão baseada no Jornal Nacional, que é um universo midiático totalmente dirigido por intenções, é preciso ficar atento.
Uma vez, a Emilia – boneca de pano do Sitio do Pica Pau Amarelo – explicou direitinho o que era a verdade segundo seu ponto de vista. Para mim – disse Emilia – a verdade é uma mentira bem contada que ninguém consegue descobrir.
"Devemos ter ciência que a Verdade não é propriedade de ninguém, de nenhuma raça. Nenhum indivíduo pode reclamar sua exclusividade. A Verdade é a natureza simples de todos os seres..." (Swami Vivekananda - Mestre Indu). Mas, se isso é realmente verdade sobre a verdade, porque há tanta mentira? Tanta enganação?
Platão, diz que a verdade é tudo o que explica como as coisas são e a mentira como as coisas não são. Podemos também afirmar que a verdade é o contrário da ilusão; porque a ilusão consiste em fazer-nos tomar a aparência por realidade. Por esta ótica temos que ficar atentos em realação àqueles políticos que prometem tirar coelhos da cartola, fazer desaparecer problemas num passe de mágica.
Marcos Mendonça em seu ensaio VERDADE E POLITICA DIZ:
“A existência da verdade é questionada a todo o momento pelos cidadãos que elegeram os governantes. Os exemplos de mentiras perpetradas por governantes ao longo da história, que só depois de algum tempo vem ao conhecimento público, tais como o comportamento dos reis católicos na Espanha na idade média, juntamente com a igreja católica na inquisição, os argumentos de Hitler para transformar a Alemanha em potência mundial, as mentiras do presidente Bush para justificar a invasão do Iraque, mostram o quanto os grandes políticos utilizam-se da mentira organizada, ou mentira de Estado, para justificar as suas finalidades, e que muita vezes redundam em catástrofes e genocídios. O comportamento político vem ao longo dos tempos se distanciando da verdade quando conveniente ao político.”
Está vendo? Ai está novamente à bendita intenção.
Cabe aqui uma pergunta: porque será que o eleitor não se incomoda com as mentiras dos políticos? Será que é porque ele também mente? E nesse caso seria o roto falando do amassado?
No site A VERDADE SUFOCADA (A HISTÓRIA QUE A ESQUERDA NÃO QUER QUE O BRASIL CONHEÇA) na matéria Em Busca do Voto afirma:
“Lula dá novo aumento e faz subir pressão por reajustes
Servidores da Câmara terão até 38%; Senado quer plano de cargos - O Globo
Junto com o reajuste de 7,7% dos aposentados que ganham acima do mínimo, o presidente Lula sancionou, para servidores da Câmara, aumentos que vão de 15% a 38% e custarão cerca de R$ 500 milhões. Comissões da Casa aprovaram projetos recompondo valor de aposentadorias que, se virarem lei, vão onerar os cofres públicos em R$ 90 bilhões por ano. No Senado, servidores aguardam um novo plano de cargos e salários de mais R$ 380 milhões. Sobre o aumento dos aposentados, o presidente Lula disse que o gasto extra será compensado com o aumento do consumo por esta categoria e negou que sua decisão tenha tido interesse eleitoral.”
Seguindo este exemplo cabe a pergunta: o que Lula disse é verdadeiro? Para os beneficiários dessas medidas, pouco importa onde está a verdade, aqui, mais que nunca o importante é a intenção.
Em João 8:32, ele disse: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará ." Considere as implicações desta afirmação. Será?

PASSEATA DOS SEM NAMORADOS

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Gente... a incompetência esta tomando conta do mundo. Acabo de ficar sabendo que aconteceu uma passeata dos sem namorados em Copacabana. Isso já é apelação.
Vi um monte de gente com cartazes. Apitos. Gritando palavras de ordem: “... eu quero mais é beijar na boca...” “ado... ado... ado... queremos namorado”
Tinha gente de todo tipo. Loiro. Preto. Japonês e o escambal. Um bando de solitários barulhentos.
Será que alguém que estava passando pela praia mais famosa do Brasil se sensibilizou.
Será que alguém que viu - assim como eu - a reportagem pela televisão ficou tocado por ver tantos corações sem par.
Vi um cara dando entrevista, pulando e gritando que estava sozinho e tinha uma baita de uma mulher ao lado e o trouxa nem reparou. Talvez seja por isso que ele estava sozinho? Presta atenção “rapa”.
E a mulherada então... Benza Deus... Quanta histeria... Parecia que uma hecatombe tinha acabado com os homens da face da terra.
Soube que no sábado a passeata foi em São Paulo. Será que os paulistanos estão trabalhando tanto que não estão tendo mais tempo para arrumar companhia? Ora meu!
O que está havendo? Os sites de relacionamento - facebook, metics, bate-papo on line,msn - será que não estão mais funcionando?
E o que é que vamos dizer então das velhas cantadas de guerra: "este cachorrinho tem telefone?" "você é a mulher que minha mãe sonhou para nora". E o beliscão na bunda do cara? E a jogada de cabelo? O bilhetinho no guardanapo? Será que com uma passseata vai tudo ficar mais fácil?
Moçada, vamos combinar uma coisa. Aqui, no nosso sergipinho não vai haver passeata dos sem namorados. Podemos fazer passeata dos sem caranguejos, passeata dos sem água encanada, passeata dos sem transportes coletivos decentes, passeata dos sem time de futebol na primeira divisão, passeata dos sem chuva, mas passeata dos sem namorados isso a gente não vai fazer. O máximo que poderemos chegar é colocar Santo Antônio de cabeça para baixo num compo com água.
Se você está sozinho (a) não faça como aquele babaca que eu citei acima, não dê pulinhos, não levante cartaz, não grite palavras de ordem, apenas, de uma olhada ao seu redor. Porque, como diz a música “...o amor pode estar do seu lado”.

PARIS É PRECISO!

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Preciso voltar a Paris.
Paris é necessário. Paris é urgente.
Aquela coisa toda.
Aquela monumental e esbaforida claridade que tira o fôlego da gente.
Aquele Sena. Aquele it.
Preciso voltar a Paris.
Mas, não como um turista.
Preciso voltar a Paris como um viajante do tempo.
Sem bagagem. Sem máquina fotográfica. Sem guia. Sem nada.
Nada de ruim. Nada de desagradável. Nada de dolorido.
Preciso deixar Paris entrar novamente em mim com toda sua art nouveau.
Toda cidade aberta só para mim.
Preciso me ver novamente do alto do Montparnasse.
Topar com Toulouse Lautrec em um dos bordéis e pintar com ele uma boemia pós-moderna.
Preciso voltar a Paris.
E que Deus me Louvre de esquecer qualquer centímetro do Bairro Latino.
Paris é essencial na vida de qualquer pessoa. Até mesmo para aquelas que nunca estiveram lá.
Aliás, eu acho que de uma forma ou de outra todos nós já estivemos em Paris ou então já trazemos Paris dentro de nós desde o berço.
Paris é beleza. Paris é movimento. Paris é brilho. Paris é vida.
Ah... preciso voltar a Paris.
Preciso deslizar num “barteaux parisien” e fitar as pontes por baixo, com os mesmos olhos de menino traquino que miram as pernas das meninas descortinadas pelas saias suspensas pelo vento.
Preciso deixar a brisa parisiense me beijar novamente com aqueles lábios de Mona Lisa, sínicos e profanos.
Preciso queimar minha Joana D´arc na fogueira das vaidades que só Paris consegue acender.
Preciso sentar a uma mesa, tomar “caffe au lait” e apreciar a cidade passar elegantemente por mim.
Minha alma pede bis.
Definitivamente, preciso voltar a Paris!

MANUAL DO FIM DO CASAMENTO

1 comentários
Gente, eu juro que este não é um blog de auto-ajuda, mas, eu achei tão interessante esta matéria que encontrei na internet que resolvi dividir com meus fiéis seguidores.
Bom, para começo de conversa, se você ainda não passou por uma separação, espero que nunca passe. Se você esta passando por este processo, tenha calma, pois, tudo passa. E se você já passou, sorte sua, já passou.
Infelizmente tudo tem um fim nesta vida. Inclusive a própria! Grande novidade. Mas, a questão é que, mesmo sabendo que hoje em dia os casamentos estão cada vez durando menos, as pessoas ainda insistem em casar. Por quê? O que acontece com esta instituição quase falida, que cada vez mais gente quer se associar a ela? Qual o mistério? Qual a magia?
Casamento não vem sozinho. Traz com ele o tédio, a mesmice, a desconfiança, o ciúme, a posse. Claro também trás a cumplicidade, o dormir de conchinha, o companheirismo, a dedicação ao outro, a nova família – não vou falar de filhos, porque filhos não dependem de casamento.
Cabe a cada um ver os prós e contras do casamento. Pelo que se pode perceber os prós ganham de goleada. E tome casamento.
Tem gente que não quer casar, prefere morar junto. Ah...para ai...isso é um casamento disfarçado, no final da no mesmo.
Tem gente que prefere casar e morar em casa separada. Tudo bem ta valendo. Isso ajuda a fugir de alguns problemas do casamento. Mas resolve? E se é para casar e morar em casa separada, para que casar? Fica namorando pro resto da vida uiai.
Bom, mas o importante é que o casamento está ai com toda a sua bagagem contendo coisas boas, coisas mais ou menos e coisas ruins.
Estou desenvolvendo uma teoria sobre o casamento que gostaria de compartilhar com vocês. Estou chamando de TEORIA DO CHICLETE, lá vai:
Casamento é igual chiclete. No começo é todo molinho docinho. Depois com o passar do tempo ele vai perdendo o gosto, ficando duro. Chega uma hora que a gente não sabe o que faz com ele. Ou fica com ele na boca de um lado para o outro ou então joga fora. Mas tem gente que não quer jogar fora e coloca o chiclete na geladeira. Outros colam na cabeceira da cama. Uns mais malvados colam o chiclete embaixo da cadeira. Fingem que ele não existe. Mas, basta um descuido e pronto, lá está ele dando o ar da sua graça.
Mas pessoal todo mundo sabe disso. Isso não é mais novidade pra ninguém. Porém, as pessoas continuam casando e se descasando.
O “até que a morte os separe” é pura formalidade. Agora é: até que a vida os separe, até que a vizinha os separe, até que o professor gostosão da academia os separe e por ai vai.
Mas as pessoas insistem em casar.
Outro dia uma amiga minha estava lendo um livro com um titulo muito interessante: O MARIDO PERFEITO MORA AO LADO. Ela disse que o livro é ótimo. Para dizer a verdade, eu como sou ex-marido, não gostei muito não.
Bom, o importante é que, já que não podemos nos livrar desse negócio – e é um negócio mesmo – chamado de casamento, o importante é saber conviver com ele e com o fim dele também. Então como prometi, aqui está à matéria que encontrei na internet.
Apreciem sem moderação.
Ah, só para lembrar, eu estou solteiro, mas louco para casar de novo.

O casamento acabou? A separação está doendo agudo? Então veja como atravessar as diferentes fase do processo de superação para que você possa lidar com maturidade quando o casamento acaba. Esteja preparada para as oscilações de sentimentos que vem pela frente.
A separação está doendo agudo? Então veja como atravessar as diferentes fases do processo de superação para que você possa lidar com maturidade quando o casamento acaba. Esteja preparada para as oscilações de sentimentos que vem pela frente.
Segundo o Godes, Grupo de Orientação para Descasados, criado pela psicoterapeuta Jacy Bastos, é preciso se permitir passar por essas fases. O sofrimento é inevitável, mas é possível de ser superado.

A DECISÃO
Os problemas da relação se tornam visíveis e insustentáveis. Qualquer atitude do parceiro é motivo para discórdias e discussões. Em certos momentos você fraqueja e sente medo de seguir a diante sozinha. Há uma série de fatores que estão além da relação amorosa que influenciam sua decisão. Entretanto, você se dá conta de que os prós foram cobertos pelos contras e decide expor toda situação.

A NEGAÇÃO
É a fase que você tenta acreditar que as coisas não estavam tão ruins assim. Tenta apaziguar os problemas para diminuir a dor do rompimento. O ser humano é ambivalente e os sentimentos também, portanto, vai levar tempo para que você se conscientize que tomou a decisão correta.

FRACASSO
Ninguém inicia uma relação pensando em terminar. Quando termina, o chão some e a tendência é achar que nunca conseguirá fazer com que alguém te ame novamente.

CULPA
Nesse momento a cabeça é tomada por uma série de questionamentos. “Onde foi que eu errei?”, “Por que o outro não gosta de mim?”, “O que aconteceu?”.

REJEIÇÃO
É difícil aceitar que a pessoa amada já não quer mais ficar com você. Diante disso, a auto-estima cai e a pessoa se sente desinteressante e pouco atraente. Cuidado para não se humilhar demais ou transformar a mágoa em rancor.

MEDO
Ele pode variar de pessoa para pessoa, mas sempre estará presente. Todas as suas certezas viram dúvidas e isso assusta. Medo de não conseguir ser feliz de novo, ficar sem ninguém para sempre, reconstruir a vida financeira e emocional sem ninguém.

OS ALTOS E BAIXOS
Existirão dias em que você vai se sentir muito bem e dias que não terá vontade de viver. Seu humor vai oscilar como uma onda. Não de desespere, essa sensação é normal. Com o passar do tempo, os dias ficarão mais fáceis e você aprenderá a lidar com a perda.

MANTER AMIZADE OU QUERER VINGANÇA?
Romper o cordão umbilical com quem era tão próximo não é fácil. Mas o tempo será seu aliado nesse momento e o afastamento será inevitável, mesmo que a separação tenha sido amigável. Não se sinta na obrigação de entender o que a pessoa que você amava está sentindo e permita-se sentir ciúme e sentimentos de posse, mas não deixe que eles tomem conta de você. Se souber que o outro alguém esta seguindo em frente te deixa mal, não procure querer saber sobre isso. Não cultive ódio porque sua relação não deu certo, esses sentimentos só fazem mal e corroem o coração.

COMEÇAR DE NOVO
Para aceitar essa nova realidade será preciso coragem e vontade de querer ser feliz novamente. Você sentirá medo e que algo está fora do lugar. Diante dessa situação, procure manter por perto pessoas queridas e que lhe fazem bem nos momentos de solidão. Não desanime diante das dificuldades.



A PERDA DEFINITIVA
Esse sentimento vem quando a pessoa que você amava começou um relacionamento com outro. Tristeza, acessos de ciúme e comparação com o novo amor vão aparecer. É a constatação de que sua relação acabou e que existe outro alguém em seu lugar.

Por Cínthya Dávila (MBPress)

ESQUERDA E DIREITA NO LIMBO

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O sociólogo e professor da USP Francisco de Oliveira em um artigo na revista Caros Amigos de abril intitulado “Direita, volver!” faz uma critica ao desaparecimento da esquerda e da direita na política brasileira. Segundo ele a dificuldade de se definir o que seja e quem seja de direita no Brasil é devido a convergência para o centro do espectro político.
Nesse ponto ele concorda com Chantal Mouffe – uma das defensoras da democracia radical – onde em seu texto DEMOCRACIA, CIDADANIA E A QUESTÃO DO PLURALISMO pergunta

- o que é uma sociedade democrática? É uma sociedade pacificada e harmoniosa onde as divergências básicas foram superadas e onde se estabeleceu um consenso imposto a partir de uma interpretação única dos valores comuns? Ou é uma sociedade com uma esfera pública vibrante onde e muitas visões conflitantes podem se expressar e onde há possibilidades de escolha entre projetos alternativos legítimos?
Enquanto para Francisco Oliveira

- a linha divisória entre direita e esquerda, desde os dias em que se definiram as posições dos assentos na Convenção revolucionária de 1789, corta entre os que querem ampliar os direitos do povo e dos indivíduos e os que tentam manter os privilégios originalmente de berço e de herança e posteriormente no capitalismo.

para Mouffe

- a obscuridade das fronteiras entre direita e esquerda que temos presenciado nas sociedades ocidentais, e que é frequentemente apresentada como um signo de progresso e maturidade, é, na opinião dela, uma das mais claras manifestações da fraqueza da esfera pública política.

A pergunta que não quer calar é: a quem pode interessar esse limbo? Quem ganha com isso?
Esta ida da política para o centro esta levando com ela a paixão. A apatia esta tomando conta do processo.
Mouffe diz em seu ensaio que

- a atual apatia com a política que testemunhamos em muitas sociedades democráticas liberais origina-se do fato de que o papel desempenhado pela esfera pública política está se tornando cada vez mais irrelevante.

Será que é por isso que vemos um domínio crescente do setor jurídico?
Será que diante da impossibilidade crescente de enfrentar o problema da sociedade de uma maneira política, é a lei que é acionada para prover soluções para todos os tipos de conflito como questiona Chantal Mouffe?
A arte da política em harmonizar tudo, em tentar sempre o consenso, não estaria evitando o choque de idéias e também o aparecimento de novas proposituras?

COMUNIQUE-SE BEM E SEJA MAIS FELIZ

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É incrível como as pessoas continuam se comunicando mal.
Comunicação - de sentimentos - o ato que nos difere dos outros animais, continua sendo algo irrelevante para tanta gente.
Quantas pessoas se comunicam sem realmente se interessar em dizer algo, principalmente o que sentem.
Revisitando Lair Ribeiro em seu livro COMUNICAÇÃO GLOBAL A ARTE DA INFLUÊNCIA, temos o caminho e teimamos em não segui-lo.
Para Lair a comunicação é a mais básica e vital de todas as necessidades, depois da sobrevivência física.
Muita gente se esquece da importância de se comunicar bem.
Às vezes nos importamos tanto com o que dizemos que chegamos a esquecer o que e como as pessoas estão nos compreendendo.
Ainda em Lair Ribeiro descobrimos que “quanto mais a educação se faz através de palavras menos comunicativas as pessoas ficam”.
Segundo o mestre da neuroliguistica “ comunicação é arte e ciência. É impressionante o que se perde de energia no mundo, a cada dia, com os erros de comunicação. Memorandos mal escritos, explicações mal formuladas, recados mal transmitidos, solicitações mal-entendidas, conversações mal formuladas...Tudo isso provocando prejuízos econômicos, trabalhos recusados...esforços desperdiçados...conflitos pessoais...”
Talvez a máxima: se não gosta do que está recebendo, preste atenção do que está emitindo, ainda não tenha entrado na cabeça da maioria das pessoas.
Quando a mensagem não produz resultado é desperdício.
Quantas vezes você contou seus problemas para outras pessoas “porque precisava desabafar”.
Xiiiiii....detesto matemática, mas certos números nos encaminham para um nível de raciocínio muito lógico: 80% dos que escutam não estão nem ai; e 20% ficam felizes porque você tem problemas. Portanto, siga o conselho do mago, não perca tempo contanto seus problemas para os outros.
O velho guerreiro Chacrinha já dizia: “ quem não se comunica se trumbica”. Amigo, quem não se comunica bem, se arromba.
Comunicação é um poço de problemas.
Para nos ajudar a entender esse imbróglio vamos pedir a ajuda da psicóloga América Rodríguez de Allende:
Você desejaria aprender a se comunicar melhor? Em primeiro lugar, vejamos se podemos definir o que significa boa e má comunicação. A boa comunicação tem duas características: você expressa seus sentimentos de forma aberta e direta, e anima a outra pessoa a fazer o mesmo. Você explica como pensa e como se sente e tenta escutar e compreender o que a outra pessoa pensa e sente. De acordo com esta definição, as idéias e os sentimentos de ambas as pessoas são importantes.

Do mesmo modo que a boa comunicação implica tanto falar como escutar, a má comunicação implica a negação a compartilhar seus sentimentos abertamente ou a escutar o que a outra pessoa tem para nos dizer.

Adotar uma postura de discutir e ficar na defesa é um sinal de má comunicação. Um contradiz o outro sem tentar compreender seus sentimentos, projeta mensagens sutis que dizem: “Só me interessa divulgar meus próprios sentimentos e insistir em que você esteja de acordo comigo”.

Outro sinal de uma má comunicação é negar seus próprios sentimentos e mostrá-los de forma indireta, comportando-se de forma despectiva ou adotando um tom sarcástico. Isto é denominado “agressividade passiva”. A agressividade ativa é, igualmente, sinal de má comunicação, quando desafia a outra pessoa, a ameaça ou dá um ultimato.

A lista de “características de uma má comunicação” que, na seqüência, será descrita, esclarecerá o que você deve evitar para não entrar em conflito com alguém. É possível que reconheça diversos maus hábitos que podem criar alguns problemas. A mudança destas atitudes pode melhorar consideravelmente o modo de se relacionar com as outras pessoas e evitar consideráveis desgostos.

Características de uma má comunicação:

• RAZÃO: você insiste que tem razão e a outra pessoa está errada.

• CULPA: você afirma que a outra pessoa é a culpada de que tenha acontecido determinado problema. Não admite ter errado em alguma coisa, nem reconhece algum defeito.

• CONTRA-ATAQUE: em vez de reconhecer como a outra pessoa se sente, você responde à crítica dela, criticando-a.

• DESVIO: ao invés de se ocupar da situação que ambos estão vivendo no momento presente, você enumera toda uma lista de motivos de queixa sobre injustiças do passado.

Algumas mudanças de atitude:

• AFIRMAÇÕES DO TIPO “ME SINTO”: você expressa seus sentimentos com afirmações tipo “me sinto” (como, por exemplo, “me sinto preocupado”), mais do que com afirmações como “você” (por exemplo, “você está errado” ou “você está me deixando furioso”).

• TÉCNICA DO ELOGIO: você encontra algo realmente positivo para dizer à outra pessoa, até mesmo quando a discussão está no apogeu. Isto indica que respeita a outra pessoa apesar de ter divergências com ela.

Como podem perceber, é possível evitar muitos problemas entre duas pessoas, eliminando velhos vícios de comunicação. Lembrem-se de falar sempre na primeira pessoa, falar de seus sentimentos e de não jogar a culpa no outro.
Bem queridos (as) amigos (as), isso não é uma panacéia, mas, com certeza, pode ajudar e muito. Bom, pelo menos esta é a intenção deste post.
Seja feliz

SAUDADE DE VINICIUS DE MORAES

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Hoje na quietude absoluta do meu esconderijo interferi abruptamente no meu tédio. Revisitei vários cd´s e dvd´s da minha coleção. De repente deparei com uma raridade que eu nem lembrava mais que tinha – um DVD com um show de Vinicius. Miucha, Tom Jobim e Toquinho – meu Deus que prazer.
Vinicius como de costume acompanhado por uma garrafa de uísque e fumando muito –naquela época não havia este patrulhamento que existe hoje em dia. Já pensou alguém chegar para Vinicius e dizer: Poetinha o seu show está cancelado porque não se pode fumar nesta casa?
Eu não fumo, mas sou a favor da liberdade que o ser humano tem de escolher como quer morrer.
Vendo Vinicius fumando daquele jeito lembrei-me do meu grande amigo Rafael Galvão. Já imaginou o Rafael escrevendo seu blog sem um cigarro do lado?
O cigarro para Vinicius era um companheiro inseparável, assim como o uísque, Toquinho e a poesia.
Calma, este post não é para fazer apologia ao cigarro é, simplesmente, para falar de um DVD com Vinicius de Morares.
Vinicius é uma lenda. Ele dizia que o homem não pode comer todas as mulheres do mundo, mas tem obrigação de tentar.
Lina Souza – das Moendas - que por muito tempo foi back vocal de Vinicius contava que ele tinha a mania de receber as pessoas intimas em sua casa no banheiro, mais precisamente na banheira.
Quem me apresentou a Vinicius de Moraes foi meu tio Zito. Homem fino, de bom gosto, corintiano - talvez eu deva rever o “bom gosto”. Estávamos no Guarujá. Foi exatamente no dia da morte do poetinha. Meu tio chorava indisfarçadamente . Pela comoção dele percebi o quanto ele amava Vinicius.
Meu tio Zito arranhava um violão e gostava de cantar baixinho, quase sussurrando. Como eu era criança não entendia porque ele cantava tão baixo. Só mais tarde descobri que ele era fã de João Gilberto – isso é bossa nova, isso é muito natural.
Um dia desses, enquanto tomava uma cerveja num bar da Aruana e tinha como back ground uma música horrível de um desses grupos - que até hoje eu não sei o ritmo que eles tocam, pois, ao meu ver, eles falam mais que cantam e uma música é igual a outra ou seja, é tudo uma merda só.
Gente, eu sei que gosto é igual nariz, que cada um tem o seu e blá blá blá. Mas, falando francamente, isso me fez pensar: bem que Vinicius poderia ressuscitar e nos tirar desse inferno musical, porque, ouvir estes grupos de rapsambarregode o tempo todo é triste. Como diz meu tio Zito: vai tomar na peida sô!

VIVA O FÁCIL

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O que é o amor? Aonde vai dar?
Segundo Caetano Veloso “... a gente nunca sabe o lugar certo de colocar o desejo”.
Mas há um lugar certo para se colocar o desejo?
O que fazer com as doidices do coração?
Coração não segue tijolos amarelos .
Há cada escolha, mil novas escolhas se nos apresentam.
Perdemos-nos com freqüência na busca incessante pelo mágico de nós porque temos a mania de querer sempre complicar as coisas.
Dizem alguns que coisa fácil não tem graça.
Perai...quer dizer que para ter graça tem que ser difícil?
Alguns seres humanos são complicadores.
Por que tudo não pode ser tão simples? Tudo natural?
Por que Ana Paula Arózio não pode simplesmente ligar para mim e me convidar para
jantar?
Será que se isso me acontecesse eu deveria dizer que minha agenda esta lotada e que
não vai dar, só para dificultar?
Veja o Dunga por exemplo. Bem que ele poderia ter convocado o Nilmar e o Ganso.
Mas não convocou. Por quê? Pra dificultar.
Precisamos aprender a valorizar o fácil.
O trabalho fácil.
A conquista fácil.
A mulher de vida fácil.
O difícil enche o saco.
Escalar pau-de-sebo todo dia é dose pra leão.
Tenho um amigo que não transa com mulher virgem que é para não ter trabalho.
Guimarães Rosa nos ensina: “Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difí¬cil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.”
Fácil, não é?
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HAITI. AI DE NÓS.

Está cada vez mais difícil saber onde pisamos. Não por falta de atenção, mas, simplesmente, porque não podemos precisar o que há embaixo dos nossos pés.

A escala de Richter foi desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, ambos membros do California Institute of Technology (Caltech), que estudavam sismos no sul da Califórnia, utilizando um equipamento específico - o sismógrafo Wood-Anderson. Após recolher dados de inúmeras ondas sísmicas liberadas por terremotos, criaram um sistema para calcular as magnitudes dessas ondas.

Por mais eficiente que seja esta escala, jamais ela poderá calcular o estrago que os terremotos fazem na vida das pessoas.

A natureza mostra ao homem quem manda. Coloca-o no seu devido lugar. Nada pode detê-la.

Talvez sabendo disso alguns politicos dão as costas ao problemas ecológicos.
Talvez sabendo disso George W. Bush não assinou o protocolo de Kyoto. Era um ecocético burro e arrogante.

São Francisco – cidade americana - está assentada sobre uma fenda que dizem – um dia – produzirá o Big One – um terremoto devastador. Segundo alguns geólocos esse terremoto poderá acontecer nos próximos 30 anos.O que o poderio econômico americano poderá fazer com este fenomeno? Nada, a não ser esperar e rezar.

Hoje a gente olha para o Haiti e pensa: e se fosse aqui?

Viver está ficando muito dificultoso – já dizia Diadorim. O ser humano que era muito futuro, agora está mais presente. Tudo é urgente. Tudo é “para ontem”. Os carros estão mais velozes. A vida mais rápida. É o medo. É o Haiti.

A morte – onde tudo acaba - já não é mais a pior coisa. A pior coisa é ficar vivo, quando tudo mais acaba.
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