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NEGÓCIO DE ESTADO

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Estou vendo Sergipe pipocando em greve. Greve de motoristas de ônibus, greve de policiais, greve de médicos, greve de professores, é greve que não acaba mais.
Ai você pode perguntar: como podem um estado governado por um político do PT, partido que teve sua gênese nos movimentos sindicais e uma cidade - Aracaju - que é governada por um prefeito que antes de ser eleito prefeito, foi vice-prefeito do prefeito que agora é governador e que também tem sua origem política nos movimentos sindicais - ou seja, de greve, eles entendem muito- suportarem tamanha traição?
Será que o Marcelo Déda governador é tão diferente do Marcelo Déda que encabeçava passeatas de protestos?
Será que o prefeito que hoje pede ilegalidade de greves é um clone do Edvaldo Nogueira que andava de braços dados com os trabalhadores marchando rumo a melhores salários?
Claro que não. Eles são os mesmos. Com os mesmos pensamentos. Com as mesmas opiniões. Mas, em posições diferentes.
É sabido que a lua de mel entre eleitores e os políticos eleitos só dura até o dia da posse.
Em minha opinião, é que agora, se trata de NEGÓCIO DE ESTADO.
Antes Marcelo Déda e Edvaldo Nogueira lutavam pelos trabalhadores, mas tinham objetivos pessoais, basta ver onde eles estão agora. Hoje, os objetivos de ambos, por mais fisiologistas que possam vir a ser – o que eu particularmente não acredito – não são mais tão pessoais assim. Hoje eles são governador e prefeito respectivamente.
Todo mundo sabe que o poder desgasta. Sendo eles políticos profissionais, seria muita idiotice pensar que, não iriam atender as classes insatisfeitas com seus salários, por puro capricho. Político vive de imagem e ambos sabem muito bem disso - Marcelo Déda, mais que ninguém.
Então vejamos: partindo desde ponto, o melhor para eles seria dar o aumento que todo mundo está pedindo e pronto.
Mas, espera ai! Os cidadãos sergipanos não são apenas professores, médicos, policiais, etc. O governador e o prefeito não foram eleitos apenas por estas categorias e nem para administrar somente para elas. É ai que eu acho que vem o negócio de estado. O estado esta acima das vontades pessoais desses administradores. Se perguntarem para Marcelo Déda se ele gostaria de dar os aumentos que as categorias que estão protestando pedem e merecem receber, ele vai dizer que sim, e eu acredito. Se perguntar para o prefeito se ele se sente bem em ter que pedir para que uma greve seja declarada ilegal, ele vai dizer que não, o que eu também acredito.
Seria suicídio político não atender a estas categorias simplesmente por capricho.
Não podemos subestimar a potencialidade intelectual de ambos.
Os dois têm projetos políticos ambiciosos. Os dois querem continuar – de uma forma ou de outra – no poder ou com o poder. Aliás, político que não quer o poder, não é político.
Não venha amigo leitor perguntar pela minha procuração para defender a ambos.
Não é esta a proposta deste post.
A proposta é apenas uma reflexão a respeito destes fatos.
Não há aqui certo ou errado.
Meu amigo Gélio Albuquerque diz que a verdade é pessoal.
Salve a sua como quiser no seu Winchester.

KKKKKKKKKKKKK

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Assistir a vitória do Brasil sobre a sofrível seleção do Peru por apenas 3 a 0: R$ 50,00 em cerveja.
Saber que a seleção da Argentina levou um chocolate de 6 a 1 da Bolívia: NÃO TEM PREÇO!