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HAITI. AI DE NÓS.

Está cada vez mais difícil saber onde pisamos. Não por falta de atenção, mas, simplesmente, porque não podemos precisar o que há embaixo dos nossos pés.

A escala de Richter foi desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, ambos membros do California Institute of Technology (Caltech), que estudavam sismos no sul da Califórnia, utilizando um equipamento específico - o sismógrafo Wood-Anderson. Após recolher dados de inúmeras ondas sísmicas liberadas por terremotos, criaram um sistema para calcular as magnitudes dessas ondas.

Por mais eficiente que seja esta escala, jamais ela poderá calcular o estrago que os terremotos fazem na vida das pessoas.

A natureza mostra ao homem quem manda. Coloca-o no seu devido lugar. Nada pode detê-la.

Talvez sabendo disso alguns politicos dão as costas ao problemas ecológicos.
Talvez sabendo disso George W. Bush não assinou o protocolo de Kyoto. Era um ecocético burro e arrogante.

São Francisco – cidade americana - está assentada sobre uma fenda que dizem – um dia – produzirá o Big One – um terremoto devastador. Segundo alguns geólocos esse terremoto poderá acontecer nos próximos 30 anos.O que o poderio econômico americano poderá fazer com este fenomeno? Nada, a não ser esperar e rezar.

Hoje a gente olha para o Haiti e pensa: e se fosse aqui?

Viver está ficando muito dificultoso – já dizia Diadorim. O ser humano que era muito futuro, agora está mais presente. Tudo é urgente. Tudo é “para ontem”. Os carros estão mais velozes. A vida mais rápida. É o medo. É o Haiti.

A morte – onde tudo acaba - já não é mais a pior coisa. A pior coisa é ficar vivo, quando tudo mais acaba.
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